terça-feira, 30 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

É O APOCALIPSE?

O que está acontecendo com a humanidade?
Os pais perdendo a autoridade perante os filhos,
os filhos perdendo o respeito pelos pais.
Ingratidões, grosserias, injustiças, desamor...
As pessoas não têm mais noção do que é certo ou errado.
Guerras, destruição da natureza, massacres, doenças;
falta de escrúpulos, de bom senso, de humildade, de respeito;
insanidades, psicoses, desatinos, paranóias. Que loucura, meu Deus!
O caos está instalado, a droga e a violência ganhando cada vez mais espaço.
Céus! O que fazer, afinal? Onde isso vai parar? É o apocalipse?
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Jandira.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PONTO DE VISTA

Repetindo o que já citei em textos anteriores, sou uma observadora contumaz do comportamento humano e, apesar desses anos todos de observação, confesso que ainda não consigo me acostumar com a maneira de se comportar de certas pessoas que envelhecem, mas não amadurecem. Por exemplo, alguém que já está descambando para a terceira idade e não se toca, continua agindo como se fosse um adolescente inconsequente ou um adulto irresponsável...

É simplesmente patético, ridículo, destoante, assim como uma criança ou adolescente que assume a conduta de uma pessoa muito velha. É bem verdade que, neste caso, a situa
ção é esquisita, mas não chega a ser tão grotesca.

Não quero dizer com isso que as pessoas mais velhas não devam ser brincalhonas, alegres, joviais, divertidas e
cheias de energia. Absolutamente! Aliás, para que se tenha um amadurecimento saudável, é demasiado importante manter a jovialidade, cultivar e disseminar a alegria. Contudo, isso não significa que se deva ter um comportamento infanto-juvenil, caricato, burlesco. Isso denota um mau gosto inominável, tendendo mais à senilidade.

Cada fase da vida tem a sua beleza. E não adianta querer segurar o tempo, é impossível. Mas, enfim, cada um se comporta como se sente bem, não é? Nem todas as pessoas têm o tão necessário senso de autocrítica, são os chamados “sem noção”, aí já viu... É uma tristeza, dá até pena o espetáculo bufo que se tornam.

Imagens: Google.

sábado, 20 de novembro de 2010

CUIDE BEM DO SEU AMOR

O amor,
tal qual uma plantinha,
deve ser regado a cada dia.
Sem alimento definha,
murcha, seca e morre.

O amor alimenta-se de
atenção, carinho, cumplicidade,
desejo... e, sobretudo,
confiança, lealdade e
respeito.

Cuide bem do seu amor
Mantenha a chama
sempre acesa,
não a deixe
perecer.

Jandira.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PROFUNDO

Ando muito atarefada, às voltas com o levantamento bibliográfico para o trabalho final da pós-graduação, por isso não tenho tido muito tempo de alimentar o blog.

Não acho muito interessante ficar utilizando os textos alheios, a não ser quando são muito especiais e oportunos. É o caso da obra formidável de Violeta Formiga. Deleitem-se...

APRENDIZAGEM

Acordar
(nova)mente
sendo
cada instante
universal
momento.

COSMOSOFIA

Entre a palavra
e a solidão
se divide a porta
do tempo.

Ela é feita
pelo silêncio da palavra
sobre a palavra do silêncio.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poesias da admirável Violeta Formiga

TORMENTO

Perdida é a noite
em que os homens
se calam.
Pois deste silêncio absoluto
absurdo
se derivam todas as trevas.


DÁDIVA

Ser pássaro
e voar infinito.
(Que seja este
o meu último
castigo).

AOS LEITORES E SEGUIDORES

Caríssimos e raríssimos leitores, vocês devem ter estranhado a retirada do quadro de seguidores e os comentários deste blog.

Questão de ponto de vista

É fato que um blog é um diário, mas um diário público e não particular como aquele muito utilizado durante a adolescência. Ao levarmos a público os nossos pensamentos e opiniões, devemos ter um mínimo de responsabilidade e prudência, para evitar que outras pessoas sejam atingidas e sofram danos morais, ridicularizações, ofensas, constrangimentos etc. Isso se chama educação e, sobretudo, respeito. Gostamos de ser respeitados, não é? E costumamos respeitar o outro, o espaço, a vida do outro? Enfim...

Neste espaço (que é meu!), procuro manter o nível no que é publicado, especialmente pelo enorme respeito que tenho pelas pessoas. Além disso, a finalidade a que se destina o meu blog é outra e não deve ser desvirtuada.

Assim, guardarei os comentários de vocês com muito carinho e ficarei imensamente feliz se continuar a recebê-los. Todavia, de agora em diante devem ser enviados via e-mail. É só identificar no assunto - Blog da Janda, fazer o comentário desejado e mandar para este endereço: nucoli@yahoo.com.br
Agradeço a compreensão de todos e espero as manifestações.
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Imagens: Google.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LER O MUNDO

Esta crônica de Affonso Romano de Sant’Anna é simplesmente primorosa! Uma verdadeira obra de arte! Vejam que beleza:

Ler o mundo
(Affonso Romano de Sant’Anna)

Tudo é leitura. Tudo é decifração. Ou não. Depende de quem lê. [...]
Tudo é leitura. Tudo é decifração. Ou não. Ou não, porque nem sempre deciframos os sinais à nossa frente. Ainda agora os jornais estão repetindo, a propósito das recentes eleições, “que é preciso entender o recado das urnas”. Ou seja: as urnas falam, emitem mensagens. O sambista dizia que “as rosas não falam, as rosas apenas exalam o perfume que roubam de ti”. Perfumes falam. E as urnas exalaram um cheiro estranho. O presidente diz que seu partido precisa tomar banho de “cheiro de povo”. E enquanto repousava nesses feriados e tomava banho em nossas águas, ele tirou várias fotos com cheiro de povo.
Paixão de ler. Ler a paixão. Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos inconscientes pergaminhos sofrem um desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa revelia.
O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em forma de hieróglifos, dificílimos. Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante dele? Quantas são as letras do alfabeto do corpo amado? Como soletrá-lo? Como sabê-lo na ponta da língua? Tem 24 letras? Quantas letras estranhas, estrangeiras nesse corpo? Como achar o ponto G na cartilha de um corpo? Quantas novas letras podem ser incorporadas nesta interminável e amorosa alfabetização? Movido pelo amor, pela paixão pode o corpo falar idiomas que antes desconhecia.
O médico até que se parece com o amante. Ele também lê o corpo. Vem daí a semiologia. Ciência da leitura dos sinais. Dos sintomas. Daí partiu Freud, para ler o interior, o invisível texto estampado no inconsciente. Então, os lacanianos todos se deliciaram jogando com as letras – a letra do corpo, o corpo da letra. Portanto, não é só quem lê um livro, que lê.
Um paisagista lê a vida de maneira florida e sombreada. Fazer um jardim é reler o mundo, reordenar o texto natural. A paisagem pode ter sotaque. Por isto se fala de um jardim italiano, de um jardim francês, de um jardim inglês. E quando os jardineiros barrocos instalav
am assombrosas grutas e jorros d’água entre seus canteiros, estavam saudando as elipses do mistério nos extremos que são a pedra e a água, o movimento e a eternidade.
O urbanista e o arquiteto igualmente escrevem, melhor dito, inscrevem um texto na prancheta da realidade. Traçados de avenidas podem ser absolutistas, militaristas, e o risco das ruas pode ser democrático dando expressividade às comunidades.
Tudo é texto. Tudo é narração.
Um desfile de carnaval, por exemplo. Por isto se fala de “samba enredo”. Enredo além da história pátria referida. A disposição das alas, as fantasias, a bateria, a comissão de frente são formas narrativas.
Uma partida de futebol é uma forma narrativa. Saber ler uma partida - este o mérito do locutor esportivo, na verdade, um leitor esportivo. Ele, como o técnico, vê coisas no texto em jogo, que só depois de lidas por ele, por nós são percebidas. Ler, então, é um jogo. Uma disputa, uma conquista de significados entre o texto e o leitor.
[...] Estamos com vários problemas de leitura hoje. Construímos sofisticadíssimos aparelhos que sabem ler. Eles nos lêem. Nos lêem melhor que nós mesmos. E mais: nós é que não os sabemos ler. Isto se dá não apenas com os objetos eletrônicos em casa ou com os aparelhos capazes de dizer há quantos milhões de anos viveu certa bactéria. Situação paradoxal: não sabemos ler os aparelhos que nos lêem. Analfabetismo tecnológico.
A gente vive falando mal do analfabeto. Mas o analfabeto também lê o mundo. Às vezes, sabiamente. Em nossa arrogância o desclassificamos. Mas Levi-Strauss ousou dizer que algumas sociedades iletradas eram ética e esteticamente muito sofisticadas. E penso que analfabeto é apenas aquele que a sociedade letrada refugou. De resto, hoje na sociedade eletrônica, quem não é de algum modo analfabeto? Vi na fazenda de um amigo, aparelhos eletrônicos que, ao tirarem leite da vaca, são capazes de ler tudo sobre a qualidade do leite, da vaca, e até o pensamento de quem está assistindo a cena. Aparelhos sofisticadíssimos lêem o mundo e nos dão recados.
A camada de ozônio está berrando um S.O.S, mas os chefes de governo, acovardados, tapam (economicamente) o ouvido. A natureza está dizendo que a água além de infecta, está acabando. Lemos a notícia e postergamos a tragédia para nossos netos.

É preciso ler, interpretar e fazer alguma coisa com a interpretação. Feiticeiros e profetas liam mensagens nas vísceras dos animais sacrificados e paredes dos palácios. Cartomantes lêem no baralho, copo d’água, búzios. Tudo é leitura. Tudo é decifração. Ler é uma forma de escrever com mão alheia. Minha vida daria um romance? Daria, se bem contado. Mas bem escrevê-lo são artes da narração. Mas só escreve bem, quem ao escrever sobre si mesmo, lê o mundo também.
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(Imagens google)

domingo, 14 de novembro de 2010

ENFIM, AMANHECEU


E o dia amanheceu em festa
Azul, brilhante, liiinnndo!
Tudo renasce a cada dia
É a lei da natureza, a lei da vida.

As histórias são contadas
Reinventadas e renovadas.
E o ser humano é especial
Ergue-se mais forte a cada dia.

Às coisas insignificantes, lixo.
Não merecem qualquer atenção
Nem desgaste nem desgosto.

A vida é uma passagem transitória
O verdadeiro grande presente de Deus.
O tempo... esse é fugaz e precioso!
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Jandira.

sábado, 13 de novembro de 2010

PESADELO


De repente, um vácuo total
As imagens se dissipando
O gosto amargo na boca
Onde está o chão?

Sumiram as luzes, as cores
Nenhuma aragem ou calor
Apenas uma dor pungente
Onde está a saída?

Afundar na imensidão do mar
Desaparecer na areia movediça
Sumir, evaporar sem deixar rastro?

E quanto ao grande presente?
Amanhã, irremediavelmente,
O dia tornará a nascer.
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Jandira.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

NADA DE NOVO...



Soneto de Fidelidade
(Vinícius de Moraes)

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.


Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Versos Íntimos
(Augusto dos Anjos)

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

AFINAL... O QUE SOMOS?

Seres humanos ou feras?
Harmonia, cultura e arte?
Máquinas ou equipamentos?
Qualquer coisa ou nada disso?

Somos produto descartável?

Material reciclável?
Artigo perecível, fora da validade?
Lixo tóxico ou pré-sal?

Por que e pra que estamos aqui? O que nos aguarda?
Temos algum valor, alguma importância ou serventia?
Qual o nosso papel no meio em que vivemos?
Que missão precisamos cumprir nesta parada?

Jandira.