segunda-feira, 26 de outubro de 2009

NINA

Nina era uma garotinha doce e muito tímida. Sentia-se isolada, descartada do grupo. E isso acontecia porque ela não concordava com tudo o que a turma queria fazer, então ficava quase sempre de fora. Era tachada de “boazinha, certinha, honestinha, santinha” e tantos outros predicados, todos considerados como defeitos, pode?

Era uma criança recatada, obediente, educada e respeitosa. Sua educação seguia valores éticos de comportamento contrários a quaisquer atitudes que possam causar danos de qualquer ordem. E ela sempre seguiu rigorosamente os ensinamentos recebidos. Nunca se rebelou, mesmo quando não concordava com determinados excessos de zelo ou injustiças. Aliás, ela não gosta de exageros, fanatismos, demasias, pois acredita que tudo em excesso faz mal, estraga, sufoca, desequilibra e desarmoniza.

Nina tinha uma visão de mundo extraordinária para a sua idade. Por isso mesmo, afora a timidez e alguns problemas de saúde, teve uma infância tranquila e uma adolescência sem rebeldia e grandes revoltas, tão comuns nessa fase da vida. Ela pensava da seguinte forma: enquanto fosse dependente dos pais, não seria sensato de sua parte querer impor suas opiniões, suas vontades e verdades, pois só provocaria conflitos no seio familiar, e não queria isso. Um dia, quando conquistasse sua independência financeira, aí sim, poderia tomar o leme de sua vida e seguir a sua trajetória como quisesse: errando, acertando; ganhando, perdendo; caindo, levantando; concordando, discordando; chorando, sorrindo...

E assim tem sido a história de Nina, essa pessoa que sempre lutou para alcançar seus objetivos com muita garra, humildade, honestidade, amor ao próximo e respeito acima de tudo.

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DIA DOS MESTRES

Quero parabenizar a todos os mestres, não só pelo dia de hoje, mas por todos os dias dedicados ao amor-doação chamado de magistério.

Ensinar, orientar, transmitir conhecimentos, ouvir; trocar experiências, despertar a curiosidade e o desejo do saber, de descobrir novos horizontes; e ainda, por vezes, desempenhar os papéis de pai/mãe, psicólogo, confidente etc., enfim, são tantas as atribuições do professor e tão pouco o reconhecimento e o incentivo, que só mesmo seres muitos especiais abraçam essa missão tão digna, tão bonita e tão respeitável. Infelizmente, porém, não têm recebido o merecido valor, o que é realmente lamentável e vergonhoso.

Lecionar é como acender a luz, abrir as portas, mostrar o caminho, apresentar um leque de possibilidades; é conduzir os discípulos ao encontro da maior riqueza que é o saber, o conhecimento. É através do aprendizado que se pode alçar voos mais altos, sonhar com mais convicção de poder realizar o sonho.

Por tudo isso, os mestres são merecedores de toda a nossa gratidão, carinho, admiração e, principalmente, respeito.

Jandira.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PERDOAR & VIVER BEM

"Perdoai as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos aos que nos têm ofendido..."
Quando nos deixamos dominar pela raiva, nutrindo e dando espaço para o ódio crescer, permitindo que o rancor e o ressentimento ocupem e façam morada em nosso coração, na verdade estamos abrindo as portas para muita coisa ruim, principalmente as doenças.

Todos esses sentimentos menores, de fato, só fazem mal a quem os sente, a quem os conserva e os alimenta dentro de si. Pessoas com o coração e a alma carregados de ódio, raiva, rancor, ressentimentos, assim como inveja, despeito, egoísmo, mesquinhez etc., geralmente são cheias de mazelas, sem coragem, sem objetivos, depressivas, amargas, pessimistas, cinzentas e infelizes. São pessoas que já não sabem sorrir, não conseguem se emocionar com o sorriso de uma criança ou com o belo espetáculo do alvorecer, não amam nem se permitem amar.

Gente, perdoar não é tão difícil quanto parece, e ainda faz um bem enorme a quem perdoa, mais até do que a quem é perdoado. Todos nós merecemos uma nova chance, não é mesmo? E, como disse Jesus Cristo, “que atire a primeira pedra quem nunca errou”. Precisamos olhar para dentro de nós mesmos e nos perguntarmos: e quanto aos meus erros, são mais insignificantes ou inofensivos do que o erro cometido pelo outro? Por que insisto em manter a ferida aberta, o rancor aceso como uma fogueira a queimar o meu espírito? Será que não é mais fácil expurgar as mágoas passadas do que passar a vida doente, do corpo e da alma, arrastando o pesado fardo de uma existência sem cor, sem brilho, remoendo ressentimentos de decepções que até já perderam a validade? Para que alimentar um sentimento tão doentio e por tanto tempo? Quanto tempo desperdiçado! Tempo que não volta mais...

Sinceramente, acho que só guardamos no coração aquilo que queremos, e querer é poder. Mas é necessário querer de verdade, não da boca pra fora. O corpo é nosso, a cabeça é nossa, nós estamos no comando, ou seja, depende unicamente da nossa vontade. Vontade de viver bem, com leveza, alegria, equilíbrio, harmonia, flexibilidade, compreensão, tolerância, saúde e muito, muito amor.

Jandira.