quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

PARABÉNS, VÓ!

Hoje é o aniversário de nascimento da minha queridíssima avó materna, que estaria completando 104 anos se ainda estivesse conosco. Infelizmente nos deixou há 16 anos, mas continua muito viva e presente em minha memória, tanto que lembro dela absolutamente todos os dias.

A minha avó era uma mulher forte, bonita, decidida, espirituosa, cheia de vitalidade e muito divertida (tão cheirosa!). Também era voluntariosa, braba, geniosa, enfim, tinha seus tantos defeitos como qualquer outra pessoa. Mas como avó, para mim (a netinha predileta), foi a melhor avó do mundo. Ai, que saudade...


Eu adorava ouvir as histórias que contava, especialmente, a sua maneira muito peculiar de se expressar que sempre me encantou. Que coisa linda! Achava aquele seu vocabulário tão interessante que até hoje guardo grande parte dele na lembrança, como se guarda um tesouro. Minha avó era analfabeta, descendente de uma mistura de escravos com portugueses. Nossa família é mesclada de negros, brancos e “meladinhos” (era assim que ela denominava os filhos e netos moreninhos - ou pardos).


Minha avó me levava às missas e procissões, às festas, ao médico, ao posto de vacinação, à feira, aos circos, aos parques de diversão; viajávamos de trem para pagar promessas na cidade de São Severino dos Ramos-PE, ou para visitar sua irmã em Aliança-PE, era demais!.


Ah, no quintal da casa dela havia um pomar e uma horta onde eu passava horas brincando de casinha, criando estórias ou músicas que se perderam no tempo, subindo nas mangueiras, fazendo bichinhos de barro ou com um vegetal parecido com um pepino que chamávamos de "bucheira", e um outro frutinho conhecido por "galinha-de-melão". Enfim, quando eu estava naquele quintal maravilhoso, era um mundo só meu... bom e simples.


Amo a minha vovó, e não uso o verbo no pretérito porque, de fato, continuo a amá-la e a sentir a sua presença sempre por perto. Inclusive, muitas vezes me peguei conversando mentalmente com ela, mas fui aconselhada a parar com isso e deixá-la descansar em paz. Éramos tão apegadas, por isso essa prática mental involuntária. Parei! Mesmo sob protesto (cá pra nós, às vezes ainda sinto o seu cheirinho gostoso). E o que fazer com essa saudade tão grande?

Jandira.

sábado, 16 de janeiro de 2010

BALANÇO

Costumo fazer um balanço anual da minha passagem aqui na terra, para avaliar o significado da minha permanência, então me pergunto: será que estou cumprindo a contento a missão para a qual fui designada? Acho que não, pois a cada dia ando mais triste, desencantada, desiludida, me sentindo inútil, mesmo tendo convicção de que sempre procuro fazer o bem aos outros. Certamente, a minha dedicação está sendo direcionada para quem não precisa dela.

Há algum tempo estou até evitando contestar, protestar, reclamar, pois cheguei à conclusão de que não vale a pena, é luta inglória. Já deu pra perceber que tudo continuará assim como está e eu estou realmente sem ânimo, cansada. Gosto demais da minha família (em especial, minha mãe e meus irmãos), gosto demais do meu amado, dos meus amigos e coleg
as, de todos, enfim, mas existe um vazio em meu coração que precisa ser preenchido. Está faltando motivação, estímulo... está faltando alegria.

Tenho pensado muito em pegar a mochila e ir à busca de algo que dê u
m sentido maior a essa minha vidinha medíocre, talvez me engajar numa dessas missões humanitárias na África ou em qualquer outro lugar do mundo, onde eu possa contribuir de alguma forma para amenizar um pouco o sofrimento de quem está realmente precisando de ajuda. Bem material não tenho pra dar, mas tenho amor, carinho, respeito, atenção e fé em Deus transbordando em demasia dentro de mim, além de uma vontade enorme de me sentir útil e... feliz.

Jandira.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

QUE SITUAÇÃO!

A Belíssima Igreja Matriz de Itabaiana-PB
Foi numa sexta-feira da Semana Santa, em Itabaiana-PB (minha terrinha). O GETI - Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana fazia uma apresentação da Paixão de Cristo pelas ruas do centro da cidade, durante a procissão do Senhor Morto, utilizando um caminhão como palco. Eu tinha 17 anos e fazia parte do grupo (fui uma das fundadoras), mas nesse período estava um pouco afastada. Mesmo assim, fui prestigiar o trabalho da turma e acompanhar a procissão.

Quando o caminhão-palco deu aquela paradinha numa das estações da via-crucis, Romualdo, um colega que estava atuando, vendo-me espremida pela multidão, gentilmente convidou-me para subir e até me ajudou a sentar na carroceria. Foi aí que começou o meu martírio... tragicômico, eu diria.

Nessa procissão tinha muita, mas muita gente mesmo, e todos queriam ver de perto os atores interpretando personagens bíblicos. Então, naquele tumulto, uma das minhas sandálias (novíssimas!) caiu. Quando desci e me baixei para pegá-la, o caminhão deu partida... Céus! De repente, escureceu tudo e fui atropelada e pisoteada pela multidão, parecia até o estouro de uma boiada. Que situação!

Foi horrível, vexatório, mas não deixou de ser engraçado também. Contudo, pior que os hematomas e o constrangimento foi não ter conseguido encontrar a sandália. Não pela perda material, pois ganhei outra igualzinha, mas por tratar-se de um presente antecipado de aniversário que a minha mãe havia me dado naquele dia (ela sempre nos presenteia bem antes da data), e que achei de estrear justo naquela ocasião. Ai, como chorei...

Jandira.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

EM JANEIRO TEM VIROSE

É praxe! Não tem jeito! Todo mês de janeiro contraio uma virose, daquela com fortes dores na cabeça, na garganta e por todo o corpo, além de febre, muuuuuitos espirros, coriza, tosse, ânsia de vômito, vertigens e indisposição. Sai um calor pelos olhos e dá uma fraquezinha nas pernas.

Que quadro, hein! É difícil ter que levantar da cama, mas o trabalho me chama... (e a rima também é pobre e precária, tal qual minha saúde neste momento) Ui!

Confesso que, às vezes, dá vontade de dar uma “morridinha” no pé da parede, tamanho é o
mal-estar. Perco até a inspiração... Ai! Nem consigo ficar diante do computador por muito tempo, pois a dor de cabeça é quase insuportável.

Coisa mais antipática e desagradável! Virose com data marcada, não é esdrúxulo? Pois acontece comigo todo ano, sempre na primeira quinzena de janeiro. Oh, céus!...

Jandira.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AUTOAJUDA? QUAL O QUÊ!

Uma pessoa muito querida me falou que meus textos estão descambando para a área da autoajuda. Confesso que fiquei surpresa com a revelação. Autoajuda? Essa não!

Admiro demais essa pessoa tão especial, e respeito a sua opinião. Mas obviamente não concordo com ela, pois o que faço aqui é apenas expor o meu ponto de vista, o que sinto e o que penso acerca de determinadas coisas, sem qualquer outra pretensão. Um desabafo virtual, digamos assim.


A propósito, livro de autoajuda não é exatamente o tipo de literatura que eu aprecio. Nada contra, afinal, cada um lê o que gosta, mas esta realmente não é a minha praia.

Jandira.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

QUE DESPERDÍCIO!

Estou impressionada com a falta de respeito de pessoas que utilizam a internet apenas para ofender os outros. Que coisa mais feia! Quanta pobreza de espírito! É chocante e lamentável a carência total de educação dessa gente. Pelo jeito, essas pessoas desconhecem ou não dão a mínima para os valores éticos. É um desrespeito generalizado e gratuito.

Fico imaginando o que pode levar uma criatura a passar horas diante de um computador escrevendo e produzindo tanta grosseria, baixaria, comentários maldosos, uma vergonha!


Sinceramente, sinto pena, pois um povo sem educação é um povo indigente. Lamento também pelo desperdício de tempo e de oportunidade que poderiam ser aproveitados para se aprender mais, acrescentar e construir, com o intuito de se tornar uma pessoa melhor. É realmente uma grande pena...


Jandira.