quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AMOR PLATÔNICO

Quem já não teve um amor platônico na vida, especialmente durante a adolescência? A descoberta daquela coisa diferente, inusitada e desconhecida que passamos a sentir por alguém; um arrebatamento que tira o sossego, a fome, o sono e a concentração; aquele desejo de estar sempre por perto; a necessidade de ver, mesmo de longe e o temor de que o causador desse turbilhão emocional e as outras pessoas percebam o que está se passando conosco são os principais sintomas do despontar de um amor platônico. Céus! É uma tortura!

Sentimento doce e amargo,
inatingível, irrealizável,
quimera, ilusão, fantasia,
prazer efêmero, tormento constante,
agitação, ansiedade, calmaria,

guerra e paz.

Em geral, o amor platônico não é duradouro, desponta logo com o primeiro amor e ocorre quase sempre com pessoas muito tímidas (assim como eu). A propósito, passei por isso três vezes. Durante alguns anos da minha adolescência me vi apaixon
ada por meninos que nem chegaram a tomar conhecimento do que eu sentia. Foram colegas do colégio e de turma, amigos queridos até hoje.

Enfim, os amores platônicos passaram e, obviamente, tive meus namoradinhos, até que um belo dia, adolescente ainda, encontrei a minha alma gêmea. Aliás, este não é um acontecimento comum, pois várias pessoas passam por muitas vidas, casam, descasam ou não casam e, mesmo com tantos relacionamentos vividos, nunca encontram a alma gêmea.
Às vezes, até acreditam ter encontrado, mas...

Eu, que sou uma menina de muita sorte, pois tenho uma família maravilh
osa e amigos verdadeiros, também recebi a graça de encontrar a minha alma gêmea, não é demais? Aliás, devo dizer que reencontrei, afinal, de alguma forma estamos juntos (mesmo quando distantes) há séculos e séculos e séculos e séculos...

Imagens: Google. Foto: Jandira.

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