segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A PRIMEIRA VEZ

Há mais ou menos uns 28 anos, encontrei uma folhinha de papel com este poema. Foi a primeira vez que li alguma coisa de Violeta Formiga e, confesso, fiquei impressionada, tocada, aturdida, sei lá! Só sei que não consegui mais me desfazer daquele papelzinho. Lembro-me que achei aquelas palavras tão fortes e definitivas, como uma mensagem derradeira, uma premonição, uma despedida.
Nunca antes uma poesia havia me perturbado tanto assim. O fato é que guardei o poema na memória por todos esses anos, e a folhinha passou a integrar um livro artístico que produzi quando estudei História da Arte no curso de Educação Artística (e ainda o tenho comigo). Eis o poema:

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Amanhã
você não mais
me verá acontecer.
As coisas não têm
memória
nem essência:
atribuo
uma nova existência
a você.

Um comentário:

  1. Fiquei encanta com as citações que Jandira fez em seu livro , a respeito da poesia da já, falecida Violeta Formiga . A poesia retratar a consciência que a qualquer momento estamos de mudança..

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