Por que sinto seus temores?
E até sofro as suas dores?
Quero esquecer sua passagem
Dissipar de vez a sua imagem
Desconhecer sua existência
Sequer notar sua ausência
E apagar da memória
Essa infeliz história.
Vai! Sai!
Desaparece!
Vê se me esquece!
Toda essa insensatez
Ratifica sua estupidez.
E bem pior que o cinismo
É esse seu masoquismo.
Alimentar-se de dor
É caso de desamor.
Preferir não se amar
Nem mesmo se respeitar
Autoestima decadente
Que coisa mais deprimente!
Lastimável e dolorosa
Vida triste e enganosa.
E com espírito tão pobre
Nada lhe resta de nobre
Que possa justificar
Razão de ser ou estar.
Então é melhor que suma
Você não passa de espuma
Desmanchando-se ao vento
Sem causar qualquer lamento.
Nada mais é que um fantasma
Ou tão-somente um miasma...
Colabore! Evapore!...
Até que enfim já sumiu.
E por acaso existiu?
(Imagens Yahoo!)
Legal. Gostei.
ResponderExcluirMas, existem "fantasmas" que não conseguimos fazê-los ir embora. E até mesmo gostamos quando eles vêm no silêncio da noite bagunçar nossos pensamentos.
São saudades que não podem jamais tornarem-se reais, mas nessa irrealidade terminam por presenciar um passado que não volta mais. Hipnotiza nossos sonhos acordados, queremos mandar ir embora, mas continuam ali, nos intrigando. É um reaparecimento de um "defunto" vivo, que "morreu" no passado, mas que por vezes quer "ressuscitar" impossivelmente no presente dos devaneios do nosso surrealismo.
Insistimos que desapareça, mas ele forja um cenário que já dantes fora conhecido e insiste, e persiste, e está ali, na nossa frente, e terminamos por "esquecer, de tentar esquecer", viajamos com ele, e deixamos a "quimera" nos enlouquecer na mais esquisita loucura do impossível retorno ao pretérito e projetamos um futuro ainda mais desvairado, e por fim acordamos do sono acordado, ainda com esses "fantasmas" sorrindo na nossa frente.
Adoreeeei, lindo, lindo, lindooo
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