Eu era uma garota tímida, reservada, e ainda fico corada quando preciso falar em público. Mesmo assim, quieta e caladinha, fiz boas amizades e passei pela adolescência sem grandes alvoroços. Minha turma da 8ª série (no Colégio Estadual) era formada por pessoas cujos comportamentos eram bem diferentes. Tinha de tudo: tímidas, atiradas, brincalhonas, quietas, fofoqueiras, sisudas, assanhadas, bobinhas, antipáticas, chatas, delicadas, engraçadas, dissimuladas, “barraqueiras”, enfim, uma verdadeira salada.
Celeste estudava comigo e era muito levada da breca (somos amigas até hoje). Minha irmã cursava a 6ª série e não ficava atrás nas peripécias. Um dia as duas pegaram um bodinho com disenteria, num terreno ao lado do colégio, e o levaram até a porta da nossa sala onde a professora Bebé (Maria José) estava dando aula de português.
O bichinho começou a berrar: bééé... bééé..., chamando a atenção de todos, inclusive da professora Bebé que, obviamente, ficou uma fera. Era impossível controlar o riso e a algazarra foi geral. Até hoje quando lembro a cena, não me contenho.
Não preciso dizer que fiquei morta de vergonha quando a professora virou-se para mim, colocou as mãos na cintura e disse:
– Jandira, veja o que a sua irmã e a sua amiga Celeste estão fazendo!
Corei, é claro! Eu estava tranquilamente assistindo aula, minha irmã e minha amiga aprontam e o constrangimento sobra pra mim, pode? Mas que foi divertido, ah, isso foi. E como rendeu!
Jandira.
Jandira.
Owowow tempo bom! por conta disso que somos, hoje, pessoas boas e criativas, não acha? rsrrsrs Adorei o texto, ri pra caramba! E tu? só fazia rir das nossas peripécias. Coitadas das nossas professoras. Dna Dorinha, Socorro Fragoso, Rita, Dorinha maga(Uma vez, ela foi de peruca e puxei a peruca dela)... Nuca mais faço isso! Celeste Pessoa (a própria)
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