quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O CICLO DA VIDA

O ser humano nasce, passa pela infância - fase gostosa, descompromissada, inocente e de muita energia; aí vem a puberdade, a adolescência - período conturbado, cheio de mudanças, dúvidas, contestações, descobertas e muito vigor. É como um botão que começa a desabrochar; uma fruta que nem é verde nem madura. O processo de amadurecimento vai acontecendo durante a fase adulta - quando a pessoa passa a ser mais responsável, mais centrada, menos sonhadora e inconsequente. O botão finalmente desabrocha - é uma rosa; a maturação da fruta está completa.

Depois de atravessar essas etapas acumulando sabedoria, o indivíduo chega à velhice - o ocaso da vida. Esse período deveria ser de tranquilidade, satisfação e contentamento. Afinal, é tempo de colheita. Infelizmente, porém, muitas vezes a realidade é outra.

Os idosos, muito mais que os jovens, sofrem e definha
m por causa da solidão, da indiferença e do descaso. Na verdade, o que mais precisam e desejam nesta fase da vida é tão pouco, gente, e tão fácil de atender... Querem basicamente atenção, respeito, amor e carinho, necessidades essenciais para uma velhice suave e feliz.

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BRINCANDO COM AS FORMAS GEOMÉTRICAS

Aqui estão mais algumas composições com as formas geométricas. Eram "tarefas de casa" que deveriam ser entregues já na aula seguinte, e os professores costumavam pedir quantidades enormes delas. Lembro que certa vez tivemos que fazer 60 amostras de estamparias (em papel), e eu me empolguei tanto que fiz 140. As atividades eram tão interessantes que o difícil mesmo era parar, pois o desejo de criar fervilhava em nossa cabeça, saía pelos poros.

Vejam só! Não parece brincadeira de criança? Mas é um exercício que exige, principalmente, harmonia e equilíbrio:

Ai, que saudade danada daquele tempo...
Jandira

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ESTUDAR POR PRAZER

Em 1988, ingressei como graduada no curso de Licenciatura Plena em Educação Artística, da Universidade Federal da Paraíba, com habilitação em artes plásticas, depois de esperar por uma vaga durante dois anos.

Foi um período maravilhoso da minha vida, de farta produção artística, ainda mais porque minha turma era formada por pessoas que estavam ali, assim como eu, por puro prazer. Apenas um aluno ingressou através do vestibular (hoje, PSS), os demais já possuíam ao menos uma graduação em outra área de conhecimento, dentre as quais: Psicologia, Odontologia, Serviço Social, História, Química, Pedagogia, Engenharia Civil, Música, Comunicação Social, Enfermagem, Administração de Empresas, Economia, Letras e Direito (tinha até uma juíza!).

Parecíamos um bando de crianças num grande parque de diversões. A criatividade em ebulição (para muitos, inusitada) nos fazia esquecer tudo lá fora, inclusive o tempo. Era muito legal! Eu, particularmente (e modéstia à parte), bati meu recorde de notas dez (32, gente!).

A propósito, é bom lembrar que através da arte é bem mais fácil
aprender qualquer outra matéria. A verdade é que estudar por prazer é como brincar com seriedade. Aprendemos, por exemplo, a brincar com as formas geométricas: triângulos, quadrados, círculos e suas respectivas metades (como podemos ver nestas composições), e isso é só um dos mais simples exercícios dos muitos que fizemos.

As horas passavam despercebidas quando estávamos nas oficinas de cerâmica, bonecos, papel artesanal, arame, gravura, teatro, dança, música, fo
tografia, cinema, desenho, pintura e tantas outras, além das aulas teóricas, os documentários, os exercícios de relaxamento, as visitas a galerias de arte e participações em exposições coletivas, as viagens para pesquisa de campo nos ateliês de artistas famosos, os estágios supervisionados nas escolas... Céus! Era tudo muito gostoso, muito prazeroso, principalmente pela interação, pela coesão existente entre todos, inclusive os professores. Nossa turma era especial por irradiar harmonia, generosidade, carinho, solidariedade e alegria.

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

MUDANDO O FOCO

A vida é um presente de Deus, o maior e mais importante. Temos o dever de zelar por ela e não nos cabe tirá-la, jamais! Quando nossa vida anda meio cinzenta, sem brilho, sem sentido e não estamos conseguindo encontrar uma luz no fim do túnel, devemos mudar o foco dos nossos problemas e nos ocuparmos, por exemplo, tentando amenizar as dores dos outros que, muitas vezes, estão enfrentando situações bem piores que as nossas.

Quando damos importância demais aos problemas, ao sofrimento, eles crescem assustadoramente aos nossos olhos. Contudo, quando nos desligamos um pouco e passamos a observar melhor o que está acontecendo ao nosso redor (a mudança de foco), as coisas começam a clarear, a entrar nos eixos, a se equilibrar. Só então percebemos que muitas vezes fazemos a chamada tempestade em copo d’água. O difícil é admitir que “carregamos nas tintas” do nosso infortúnio e aceitar o fato de ter perdido um tempo precioso com coisas que nem mereciam tanta energia desperdiçada.

Somos humanos, passíveis de erros, e o nosso julgamento começa em nossa própria consciência. Não importa o que os outros acham nem as críticas maldosas que façam. O importante é não se deixar arrastar para a escuridão, não entregar os pontos nem desistir da luta. A força de vontade para enfrentar e vencer as adversidades, o desejo de ser e fazer feliz, de irradiar alegria por onde passar e sempre procurar fazer o bem, tudo isso está ao nosso alcance, pois Deus está dentro de cada um de nós. Então, o que estamos esperando?

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

sábado, 12 de dezembro de 2009

QUASE VIREI CIGANA!

Lembro de situações vividas quando ainda era um bebê. Isso aconteceu quando eu tinha um ano e poucos meses. O mais interessante é que só eu consigo lembrar todos os detalhes: as roupas, o cenário, o cheiro, a temperatura, enfim, como se tudo estivesse acontecendo agora. Minha tia e meu irmão lembram com mais clareza apenas o ponto principal daquele dia: o rapto e o resgate.

Certo dia da minha tenra idade, num fim de tarde, minha tia (à época com dez anos) estava comigo e meu irmãozinho no terraço da nossa casa, quando chegou uma senhora e pediu água. Era uma mulher magrinha, de baixa estatura, pele muito enrugada, mirradinha mesmo; roupas coloridas e um pano na cabeça (a blusa e o pano da cabeça eram de um tecido vermelho brilhoso e a saia estampada com flores enormes de várias cores); usava brincos, medalhas, anéis e colares dourados. Era uma cigana. Minha tia, com a inocência da criança que era, colocou-me no colo do meu irmão de três anos, recomendou-lhe que não me deixasse cair e foi buscar a água.

Ao voltar trazendo o copo com água, encontrou meu irmão sozinho. Perguntou por mim e ele respondeu que a velhinha havia me levado. Céus! Que loucura! Minha tia não perdeu tempo, saiu disparada em nosso encalço, parecia uma bala. Conseguiu nos alcançar logo porque a cigana correu justamente por uma rua com uma ladeira enorme. A idade pesou e minha tia ganhou a corrida. Foi tudo tão rápido que a moça que trabalhava em nossa casa nem percebeu
o movimento.

Ufa! Por pouco não viro cigana. Nada contra o povo zíngaro, mas crescer no convívio da minha família querida foi bem melhor. E, graças a Deus e à agilidade da minha titia, aqui estou contando o ocorrido. Contudo, anos após esse episódio, lá pela adolescência, inventei de aprender um pouco sobre a arte de ler as mãos, conhecida por quiromancia. Até comprei um livro sobre o assunto...
Por que será? Eu, hein! Que coisa!

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SENSIBILIDADE

Estamos vivendo um tempo em que as pessoas estão perdendo a sensibilidade cada vez mais. Cai a sensibilidade, aflora o individualismo, e cada um que se preocupe apenas com seus interesses. Não sobra tempo para prestar atenção no próximo, que pode estar necessitando tão-somente de uma palavra de carinho, um abraço de conforto, um ombro amigo (ou até mesmo de cuidados mais sérios). É muito triste perceber que o ser humano está se robotizando.

Precisamos aprender a ouvir o que o outro tem a dizer, mas ouvir com atenção e boa vontade. E se nesse momento não encontrarmos uma palavra de conforto... gente, um gesto de carinho, uma demonstração de cuidado ou um afago já ajudam tanto... Ruim mesmo é a indiferença.

Quando não demonstramos às pessoas queridas o amor, o carinho e a atenção que sentimos por elas, indubitavelmente estamos deixando escapar uma valiosa oportunidade e que pode ser única, pois o tempo tanto ajuda a curar as feridas, como também pode ser muito cruel e... passar. De repente, tempo esgotado! E aí?

Vamos, então, aproveitar cada minuto da nossa vida, olhar nos olhos do outro e manifestar, expor, deixar evidente o que sentimos, mostrar a nossa atenção sempre, em todos os momentos, antes que seja tarde demais.

Jandira

terça-feira, 24 de novembro de 2009

"LEIDA" - A CONTADORA DE "ESTÓRIAS"

No texto anterior, falei da alta rotatividade de pessoas que trabalharam em nossa casa durante a minha infância. Eram pessoas bem diferentes no modo de lidar com crianças: umas mais pacientes, outras menos cuidadosas, umas mais simpáticas, outras sisudas, enfim, cada uma com seu jeito peculiar de ser.

Josileide Targino, a nossa “Leida”, destacou-se como a mais divertida e criativa de todas. Enquanto lavava pratos ou passava roupa, por exemplo, conseguia prender a atenção de seis crianças contando historietas, fábulas, filmes e novelas que havia assistido ou situações vividas. A maneira entusiasmada como falava das coisas simples do seu cotidiano tinha algo de fantástico, e assim nos mantinha quietos e atentos (éramos excelentes ouvintes também!). Lembro-me do enorme orgulho com que falava do seu irmão “Capelense”, que fora jogar num time de Portugal... Poxa! Parecia tratar-se de nosso irmão!

“Leida” tinha pouco estudo, mas costumava ler fotonovelas, jornais, revistas, gibis (sempre em voz alta e “catando milho”). Todavia, apesar dos tropeços e gaguejadas, gostávamos muito de ouvi-la. Aliás, a leitura era um hábito comum em nossa casa e, às vezes, isso contagiava os outros que conviviam conosco também. Ah! Não tínhamos aparelho de TV, apenas um rádio antigo que passava o dia inteiro ligado. Lembro das tantas vezes em que dançávamos e cantávamos ao som do velho rádio, e “Leida” era a mais animada. A alegria era geral, uma festa! Ai, que saudade...

Tomar conta de uma casa com seis crianças pequenas para cuidar, fazer as tarefas domésticas e ainda conseguir prender a atenção dessas crianças sem deixá-las sair pra rua, tudo isso de forma divertida e prazerosa, só a super “Leida” fazia.

Por onde andará a nossa querida “Leida”? Não tenho a menor ideia. Faz tanto tempo... Perdemos o contato, mas nunca a esqueceremos, pois ela marcou a nossa infância com a sua alegria. Beijão pra você, garota!

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

“CICIA” - UM DOS ANJOS DA MINHA INFÂNCIA

Minha mãe sempre trabalhou muito e, por isso, precisava de alguém que a ajudasse a cuidar da casa e dos seis filhos pequenos. Minha tia querida ajudava bastante, mas era apenas uma menina e não podia assumir tamanha responsabilidade. Assim, sempre tinha alguém trabalhando em nossa casa.

Muitas pessoas passaram em nossas vidas: Cecília, Chiquinha, Cacilda, muitas Marias, Leida, Elza, Lourdes, Sílvia, Nenem, Zuleide, Fátima, Helena, Lili, Graça, Naná, Zélia, Valdenice, Tereza, Lúcia e muitas outras. Era alta rotatividade mesmo, pois bastava uma queixa nossa (devidamente comprovada, claro!) para a minha mãe trocar de auxiliar. Assim como uma leoa, ela defendia os filhotes com unhas e dentes, não admitindo maus tratos ou que nossa educação fosse desvirtuada (aliás, ainda hoje minha mãe continua uma “leoa”).

Sem dúvida, porém, a mais especial de todas foi Cecília, um anjo adorável que viveu muitos anos conosco, recheando a nossa infância de doçura, afeto e dedicação. Tratava-nos com tanto carinho, como se fôssemos os filhos que nunca teve.

Era uma mulher simples, castigada pelas durezas da vida, de meia idade (talvez), baixinha, pele queimada do sol, sem a mínima vaidade, mas sempre com um sorriso no rosto. Solteira, sem instrução, sem família (nenhum parente ou amigo), sozinha no mundo, apenas com sua fiel companheira Baleia, uma cadela baixeirinha, roliça, com os olhinhos bem atentos e sempre por perto.

“Cicia”, como a chamávamos, era um verdadeiro poço de paciência, dedicação, ternura e delicadeza. E não exagero ao afirmar que ninguém mais, além da minha mãe (que é muito mais que demais!), cuidou de mim com tamanha paciência, carinho e atenção como ela.

Lembro-me tanto do seu olhar doce, sua voz meiga, suas mãos calejadas, mas cheias de suavidade e cuidado ao lavar e desembaraçar meus cabelos longos, por exemplo, para que eu não sentisse desconforto (sempre tive o couro cabeludo dolorido). E essa dedicação toda era partilhada igualmente com cada um de nós, como só uma verdadeira mãe faz.

Sempre penso em Cecília com muito carinho, amor, gratidão e saudade. Para mim ela é um símbolo de desprendimento, de amor-doação, pois dedicou sua vida toda aos outros (incluindo seus bichinhos - Baleia e outros cãezinhos que vieram depois). Tenho certeza que a nossa “Cicia” está iluminando o firmamento com sua luz angelical.

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

sábado, 14 de novembro de 2009

COMUNICANDO

A comunicação é uma das aptidões do ser humano com um leque formidável de possibilidades. Podemos nos comunicar de várias formas – através da fala, da escrita, das artes, dos sinais, dos gestos, dos movimentos e até do silêncio.

Aliás, todo o nosso corpo “fala”, mas nem todas as pessoas conseguem “ouvi-lo”. Um sorriso pode até camuflar o que estamos pensando ou sentindo, mas os olhos denunciam a verdade da alma, mesmo quando se tenta escondê-la.

A mulher, em especial, é muito perspicaz (deve ser o tal do sexto sentido); é capaz de captar informações no ar, ler nas entrelinhas, ouvir o silêncio, decifrando cada gesto, cada movimento e, ao juntar tudo isso com uma palavra solta aqui, outra ali, consegue montar o quebra-cabeça. O homem, em geral, é mais distraído, não costuma ter paciência de observar com a mesma destreza e atenção.

Observadora constante que sou do comportamento humano (são décadas de observação), não exagero ao dizer que, por estar sempre tão “antenada”, muitas vezes consigo “ver” o que o outro está pensando. É a lógica! Por isso, também, já não me surpreendo tanto com certas coisas que incomodam... Como dizem algumas pessoas, “faz” parte!

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

sábado, 7 de novembro de 2009

O PODER DAS PALAVRAS

A palavra tem um poder incrível, extraordinário. Uma única palavra é suficiente para levar alguém ao ápice ou ao fundo do poço; uma palavra pode construir ou destruir uma relação de amor, de amizade ou de qualquer outro tipo; pode encher o coração de alegria ou feri-lo profundamente.

A palavra doce alimenta e enleva a alma; a amarga envenena e entristece; a suave alegra e acalma; a dura machuca, fere e até mata. As palavras podem provocar um orgasmo ou um suicídio; podem ajudar ou atrapalhar; elevar ou derrubar; podem ter um efeito curativo ou devastador.

Às vezes, até na brincadeira as palavras podem causar danos como dor, mágoa, desgosto, aflição, constrangimento etc. Por isso, antes de proferirmos as palavras, precisamos pensar bem e medir as consequências do que vamos dizer. Devemos ter muito cuidado com quem, quando, como, onde e o que falamos, pois cada pessoa recebe as palavras de forma diferente, de acordo com o estado de espírito e o momento.

Confesso (e como me arrependo!) que já magoei pessoas queridas com palavras duras (mesmo sem baixar o nível). Na verdade, naquele momento o meu objetivo era que minhas palavras funcionassem como um “tratamento de choque”, capaz de sacudir, de despertar aquelas pessoas, na tentativa de resgatá-las do estado de estagnação e cegueira em que viviam. Não deu certo! O resultado não foi o esperado com todos e em alguns casos culminou em ressentimento, entristecendo-me sobremaneira.

Também já fui e, vez por outra, ainda sou atingida com palavras que magoam, ferem, entristecem meu coração. Aliás, dependendo de quem partem, a dor é bem maior. Portanto, ao articularmos as palavras, é necessário que sempre tenhamos tato, sutileza e bom senso, imprescindíveis em todas as relações humanas.

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

NINA

Nina era uma garotinha doce e muito tímida. Sentia-se isolada, descartada do grupo. E isso acontecia porque ela não concordava com tudo o que a turma queria fazer, então ficava quase sempre de fora. Era tachada de “boazinha, certinha, honestinha, santinha” e tantos outros predicados, todos considerados como defeitos, pode?

Era uma criança recatada, obediente, educada e respeitosa. Sua educação seguia valores éticos de comportamento contrários a quaisquer atitudes que possam causar danos de qualquer ordem. E ela sempre seguiu rigorosamente os ensinamentos recebidos. Nunca se rebelou, mesmo quando não concordava com determinados excessos de zelo ou injustiças. Aliás, ela não gosta de exageros, fanatismos, demasias, pois acredita que tudo em excesso faz mal, estraga, sufoca, desequilibra e desarmoniza.

Nina tinha uma visão de mundo extraordinária para a sua idade. Por isso mesmo, afora a timidez e alguns problemas de saúde, teve uma infância tranquila e uma adolescência sem rebeldia e grandes revoltas, tão comuns nessa fase da vida. Ela pensava da seguinte forma: enquanto fosse dependente dos pais, não seria sensato de sua parte querer impor suas opiniões, suas vontades e verdades, pois só provocaria conflitos no seio familiar, e não queria isso. Um dia, quando conquistasse sua independência financeira, aí sim, poderia tomar o leme de sua vida e seguir a sua trajetória como quisesse: errando, acertando; ganhando, perdendo; caindo, levantando; concordando, discordando; chorando, sorrindo...

E assim tem sido a história de Nina, essa pessoa que sempre lutou para alcançar seus objetivos com muita garra, humildade, honestidade, amor ao próximo e respeito acima de tudo.

Jandira.
nucoli@yahoo.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DIA DOS MESTRES

Quero parabenizar a todos os mestres, não só pelo dia de hoje, mas por todos os dias dedicados ao amor-doação chamado de magistério.

Ensinar, orientar, transmitir conhecimentos, ouvir; trocar experiências, despertar a curiosidade e o desejo do saber, de descobrir novos horizontes; e ainda, por vezes, desempenhar os papéis de pai/mãe, psicólogo, confidente etc., enfim, são tantas as atribuições do professor e tão pouco o reconhecimento e o incentivo, que só mesmo seres muitos especiais abraçam essa missão tão digna, tão bonita e tão respeitável. Infelizmente, porém, não têm recebido o merecido valor, o que é realmente lamentável e vergonhoso.

Lecionar é como acender a luz, abrir as portas, mostrar o caminho, apresentar um leque de possibilidades; é conduzir os discípulos ao encontro da maior riqueza que é o saber, o conhecimento. É através do aprendizado que se pode alçar voos mais altos, sonhar com mais convicção de poder realizar o sonho.

Por tudo isso, os mestres são merecedores de toda a nossa gratidão, carinho, admiração e, principalmente, respeito.

Jandira.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PERDOAR & VIVER BEM

"Perdoai as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos aos que nos têm ofendido..."
Quando nos deixamos dominar pela raiva, nutrindo e dando espaço para o ódio crescer, permitindo que o rancor e o ressentimento ocupem e façam morada em nosso coração, na verdade estamos abrindo as portas para muita coisa ruim, principalmente as doenças.

Todos esses sentimentos menores, de fato, só fazem mal a quem os sente, a quem os conserva e os alimenta dentro de si. Pessoas com o coração e a alma carregados de ódio, raiva, rancor, ressentimentos, assim como inveja, despeito, egoísmo, mesquinhez etc., geralmente são cheias de mazelas, sem coragem, sem objetivos, depressivas, amargas, pessimistas, cinzentas e infelizes. São pessoas que já não sabem sorrir, não conseguem se emocionar com o sorriso de uma criança ou com o belo espetáculo do alvorecer, não amam nem se permitem amar.

Gente, perdoar não é tão difícil quanto parece, e ainda faz um bem enorme a quem perdoa, mais até do que a quem é perdoado. Todos nós merecemos uma nova chance, não é mesmo? E, como disse Jesus Cristo, “que atire a primeira pedra quem nunca errou”. Precisamos olhar para dentro de nós mesmos e nos perguntarmos: e quanto aos meus erros, são mais insignificantes ou inofensivos do que o erro cometido pelo outro? Por que insisto em manter a ferida aberta, o rancor aceso como uma fogueira a queimar o meu espírito? Será que não é mais fácil expurgar as mágoas passadas do que passar a vida doente, do corpo e da alma, arrastando o pesado fardo de uma existência sem cor, sem brilho, remoendo ressentimentos de decepções que até já perderam a validade? Para que alimentar um sentimento tão doentio e por tanto tempo? Quanto tempo desperdiçado! Tempo que não volta mais...

Sinceramente, acho que só guardamos no coração aquilo que queremos, e querer é poder. Mas é necessário querer de verdade, não da boca pra fora. O corpo é nosso, a cabeça é nossa, nós estamos no comando, ou seja, depende unicamente da nossa vontade. Vontade de viver bem, com leveza, alegria, equilíbrio, harmonia, flexibilidade, compreensão, tolerância, saúde e muito, muito amor.

Jandira.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DIA DO SECRETÁRIO

(Recebi este cartão de Nevinha, uma amiga querida)
O trabalho é muito importante para o ser humano. Trabalhar dignifica, eleva a autoestima, aflora o prazer de ser útil, de produzir, de ser necessário, é um exercício de cidadania. Todavia, só é possível experimentar tudo isso quando realizamos o nosso trabalho com amor.

O segredo para obtermos um resultado satisfatório no nosso trabalho é fazer tudo o que temos que fazer da melhor maneira possível, procurando sempre alcançar a excelência. Não importa qual seja a atividade, simples ou complicada, o importante é que a façamos bem, com qualidade.

Outra coisa que ajuda bastante é o bom humor. Obviamente aliado à atenção, disposição, interesse e boa vontade. O saldo deste “pacote” é a realização profissional. E acreditem, nem mesmo a remuneração insatisfatória e injusta diminui o prazer do dever cumprido. A recompensa, mesmo que não seja financeira, vem através do reconhecimento, do carinho das pessoas demonstrando que o nosso trabalho foi bem realizado.

Sou secretária da Coordenação do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba e, apesar de não atuar na minha área de conhecimento (meu habitat natural seria Letras e Artes), sempre procuro fazer o meu trabalho com dedicação, esmero e satisfação. Vale salientar que os coordenadores do curso, as colegas de trabalho e os nossos alunos são maravilhosos. Isso é muito bom, pois o clima fica leve e o ambiente agradável. Enfim, formamos uma equipe danada de boa.

Embora não goste muito desse negócio de dia disso, dia daquilo, parabenizo todos os secretários e secretárias, não pelo dia que criaram para nós, mas pelo trabalho desempenhado com amor e quase sempre sem o reconhecimento merecido.

Jandira.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

“CADA UM SÓ DÁ O QUE TEM”

Todos nós temos defeitos, ninguém escapa. Mas não é fácil aceitar, ou pelo menos entender certas coisas que acontecem (conosco e/ou com os outros também).

É natural que esperemos sempre o melhor de nossos semelhantes, principalmente daqueles que fazem parte da nossa convivência, da nossa história. E, obviamente, a reciprocidade é indispensável. Todavia, devemos manter o pé no chão, pois as coisas não são bem assim. As decepções, os “tombos”, as “pancadas” são inevitáveis e rotineiros. Olha, não tem jeito, dói! Contudo, sobrevivemos e nos fortalecemos cada vez mais. Faz parte da natureza humana.

Cresci ouvindo minha mãe repetir constantemente esse adágio popular: “cada um só dá o que tem”. E é verdade! Não podemos esperar que o outro dê aquilo que ele não tem, assim como não podemos dar ao outro aquilo que não temos. A propósito, sempre recorro a esta frase, na tentativa de amenizar o estrago e o desencanto decorrentes das constantes decepções sofridas.

Jandira.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CATARSE


Chorar, desabafar, limpar a mente
Lavar a alma, purificar o espírito
Expulsar a dor, a decepção, o desencanto
Esgotar a tristeza, curar as feridas.

Depois da faxina emocional e espiritual
Reabrir as portas, as janelas... e que entre a luz!
É preciso clarear as ideias, selecionar pensamentos
Repor as forças, equilibrar mente e corpo outra vez.

Virar a página, recomeçar suavemente, sem pressa
Continuar semeando o bem, a harmonia e o amor
Sem perder a fé, a alegria, a doçura e o respeito.

Jandira
nucoli@yahoo.com.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

COMPORTAMENTO

A imensidão azul, verde, siena claro... e eu
O ser humano é uma criação perfeita e muito complexa. A nossa capacidade de raciocinar é fantástica, infinita. Podemos analisar uma coisa qualquer de várias maneiras, e cada um enxergar de forma diferente, peculiar, mesmo que no final os conceitos sejam semelhantes. Nada é definitivo (estarei filosofando?).

Mesmo percebendo determinadas coisas, informações ou atitudes de forma diferente, o ideal seria que as pessoas tivessem uma visão mais aberta, de alcance mais amplo. Seria bem mais fácil o processo de adaptação ao meio em que vivemos cotidianamente.

A convivência é muito mais aprazível quando buscamos (ou pelo menos tentamos) entender o outro. Para tanto, torno a bater na mesma tecla, é necessário apenas que nos imaginemos no lugar do outro, na situação que está vivenciando. Inevitavelmente nos questionaremos: e se fosse comigo, qual seria a minha reação? Que atitude tomaria diante disso?

Desde a minha infância, cultivo o hábito de observar o comportamento das pessoas e dos bichos também, na tentativa de encontrar respostas para tantos questionamentos e de entender certas atitudes. Provavelmente isso aflorou em mim por causa da timidez, mais exacerbada até a adolescência. O fato é que, após tanto tempo de observação, minhas antenas captam sinais quase imperceptíveis aos olhos menos atentos. Confesso que algumas vezes me sinto tão diferente e tão sozinha neste planeta.

A propósito, não sou um ET, sou apenas uma pessoa muito observadora do comportamento humano, que apesar dos desencantos sofridos, continua movida a amor e razão.

Jandira.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

GRATIDÃO

A gratidão é uma das mais belas e admiráveis virtudes, e deveria ser mais corriqueira em nosso cotidiano. Infelizmente, porém, as pessoas não costumam dar a devida importância e, muito menos, fazer uso dela.

É tão bom agradecer! E quando fazemos isso de forma verdadeira, saindo lá do nosso âmago, experimentamos uma sensação tão gostosa, gente! É um prazer diferente, especial. Melhor ainda por ser um prazer compartilhado, mútuo, tanto de quem agradece, quanto de quem recebe o agradecimento. O reconhecimento é um prêmio mais valioso do que qualquer coisa material, visto que as virtudes não têm preço.

A ingratidão, ah, a ingratidão! A meu ver, um dos piores defeitos, pois engloba: falta de humildade, falta de respeito e de amor ao próximo. Quem não é humilde, é um poço de soberba e orgulho; quem não respeita, além de não ter humildade, não tem educação nem escrúpulos; quem não ama o próximo, é seco, vazio, pobre de espírito, infeliz.

Quero agradecer aos meus queridos leitores pela demonstração de carinho que tenho recebido pessoalmente, através dos comentários ou via e-mail. Muitíssimo obrigada pela atenção, pela consideração e pelas palavras carregadas de generosidade. Recebam e sintam, na alma, todo o meu carinho.

Jandira.
(nucoli@yahoo.com.br)

sábado, 5 de setembro de 2009

ÉTICA

Para muitas pessoas, ética é uma palavra bonita, muito utilizada nos discursos (geralmente demagógicos) e sempre cobrada... dos outros, é claro. Mas na prática, especialmente quando entram os interesses pessoais, aaah!...

De acordo com o dicionário Houaiss, dentre outras acepções, ética é o “conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade”.

É muito comum nos depararmos com pessoas levantando bandeiras de luta pela ética nisso e naquilo, cobrando comportamento ético de um e de outro, com um discurso bonito e inflamado. Pois sim! Quando seus interesses estão em jogo, mandam a ética para o ralo. É na base do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Creio ser mais ético refletirmos seriamente sobre nós mesmos, sobre o nosso comportamento para com o nosso semelhante, diante das diversas situações com as quais nos defrontamos pela vida afora, e se temos ética suficiente para cobrá-la do outro.

Uma pessoa que não tem ética, também não tem respeito, não tem educação e muito menos escrúpulos. É alguém que, para alcançar seus objetivos, não sente o menor constrangimento em “passar a perna” no outro. Será que uma pessoa assim tem paz de espírito? O senso crítico que cada ser humano possui não funciona nesse tipo de gente?

Apesar das decepções que estamos sujeitos a sofrer no decorrer da nossa existência, prefiro acreditar que cada indivíduo pode mudar os seus conceitos, o seu comportamento (é só querer!) e procurar ser uma pessoa melhor, íntegra, realmente merecedora de respeito e admiração.

Jandira.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

LEMBRANÇAS

Encontrei, em álbuns velhos, fotografias de alguns dos meus trabalhos. As fotos estão desfocadas, faltando pedaços, péssimas! Todavia, já não tenho comigo a grande maioria dos quadros, foram vendidos na última exposição, em 1994. Vou mostrar as fotos que encontrei assim mesmo, horríveis!

Lembro que quando os fotografei, não podia fazer esforço naquele momento porque havia me submetido a uma cirurgia. Resultado: a sessão de fotos foi um fiasco total. Fazer o quê? Vejamos alguns, então!














Jandira